Honorários. Esse é sempre um tema tabu. Muitas vezes, a questão econômica desgasta a relação cliente/advogado. Isto está associado à própria natureza dessa atividade.
O serviço prestado por advogados é intangível. Isso quer dizer que os honorários remuneram diversos fatores que não são capazes de serem objetivamente avaliados. A experiência, a reputação, a empatia, etc. Todas essas dimensões se conjugam para definir o preço dos advogados. E como todos os mercados existem profissionais para todos os bolsos.
O segredo é escolher o profissional certo para a tarefa certa. Os diversos tipos de advocacia levam a diferentes propostas de remuneração. Há a advocacia de massa e há também à hiper-especializada. O preço dos serviços é bem diferente em cada caso.
Ajustar o foco é imprescindível. O primeiro passo é contratar o advogado certo para a tarefa certa. Há diferentes alternativas, escolher a correta é fundamental para evitar frustrações.
A segunda questão fundamental diz respeito à transparência. Honorários precisam ser claros para o cliente. Isso considerando que muitas vezes contratos de honorários dizem respeito a relações de longo prazo, que podem ser alteradas por diversos eventos imprevistos. O ideal é que o contrato contemple com clareza o escopo dos trabalhos e como serão cobrados eventuais escopos não previstos.
Enfim, sem alinhamento entre cliente e advogado, a questão dos honorários pode se tornar um ponto de desgaste na relação. Isso precisa ser especialmente claro para os advogados quando eles apresentam suas propostas. É dever do advogado dizer o que vai fazer e como isso será cobrado. O ideal é que o modelo de remuneração seja construído em conjunto, estando ambas as partes cientes das vantagens envolvidas e dos pontos de atenção a serem monitorados. Numa relação que pode se estender no tempo, a clareza é fundamental para evitar dissabores.
Em todos os casos a solução é uma só: como todo o tema difícil, ele deve ser tratado de modo claro e direto, sem melindres ou reservas. O advogado tem o dever de explicar como vai cobrar e pelo que ele está sendo remunerado. O cliente tem o direito de ser esclarecido, de modo a não ser surpreendido. O melhor jeito é construir em conjunto a remuneração, considerando as exigências e necessidades do cliente. Um bom diálogo antes do contrato costuma evitar diversos mal-entendidos no futuro.